5 de dezembro de 2008

Três cigarros, um café e duas mulheres

É engraçado como surgem as conversas produtivas. Desta vez, longe da embriaguez e da madrugada, quando já estava saindo de um Café, encontrei com duas mulheres que conheci quando ainda trabalhava como balconista.

A pricípio a intensão era ficar no máximo dez minutos com elas e depois ir embora. Porém começamos um assunto que eu não faço idéia de como surgiu e elas acabaram me dando uma verdadeira aula de política, sociologia e economia. Todo esse papo me abriu os olhos para atitudes mais conscientes no meu cotidiano.

Conversamos bastante e quanto mais elas falavam, mais eu percebia que o meu conceito sobre política e melhora de mundo estava inferior ao delas.

Condenemos o capitalismo que educa seus filhos ao consumismo. Onde as pessoas cultivam a cada dia a insasiavel sede do dinheiro e atrofiam o verdadeiro sentido de viver em sociedade. Arrisco-me em dizer que Ernesto Che Guevara se orgulharia de minhas palavras e se desapontaria do conceito de socialismo moda que existe hoje.

O capitalismo calou a boca dos rebeldes comunistas e mostrou para o mundo inteiro que se tratava-se apenas de doações de caridade no natal de crianças carentes. Até o próprio P-Sol esconde atrás de sua bandeira, um capitalismo inrustido.

Essa história de igreja distribuindo cestas básicas, de Criança Esperança e Teleton são campanhas que só alimentam o sistema em que vivemos.

Aqueles que não têm condições de se alimentar bem, e principalmente se educar, não merecem receber tudo isso pelo "bom coração da burguesia". Isto é um insulto! São os ricos assumindo a sua supremacia e consolando pessoas honestas e injustiçadas pela vida que têm.

Todos somos iguais. E a partir de hoje eu vou lutar por justiça social. Apesar de todas as contradições que um morador de um bairro nobre apresenta, vou encarar as coisas de outra forma e fazer com que os filhos da minha empregada, tenham as mesmas oportunidades que eu.

Vamos consumir só aquilo que realmente precisamos e parar com essa filosofia banal de que somos aquilo que temos.

Sejamos justos e principalmente idealizemos igualdade. Abaixemos o nosso nariz e lutemos por aqueles já não mais têm forças, e por fraqueza e ambição, se perderam na vida criminal.

Está na hora de enxergar o que realmente nos está sendo transmitido pela meios de comunicação em massa.

2 comentários:

erickaduda disse...

Fantástico! A qualidade do seu texto e o desenrolar que vc deu à conversa foi excelente! Digno de um texto de quem sente... e justiça social se faz em sentir. E que fique claro que o sentimento não é PENA! Algns trechos me deixaram de fato muito feliz, as colocações foram muito bem elaboradas e o nível textual é formidável.. isso tudo em uma simples conversa em mesa de café.. tudo isso me prova ainda mais que podemos pensar e discutir coisas importantes e aprender com o diálogo. E viva la revolución! rs.

Anônimo disse...

boa viagem =}